sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Sonho das Rosas




O pensamento arrasta-se
e afasta-se da memória
como se proibido fosse
continuar o sonho

Ouço um ruído de fundo
que se assemelha 
à turbulência 
de uma tempestade 
em alto mar.

As mesmas vozes,
os mesmos silêncios,
os mesmos olhares,
os mesmos pedaços de mim
que vislumbro 
pregados numa outra dimensão.

Entre a névoa descubro
as tuas mãos
a ampararem-me o poiso

Ainda em desequilibrio
sinto o toque da tua pele
e a brisa dessa respiração lenta
capaz de me fazer renascer 
no infinito
em pássaro parido sem rumo.

Atenta ao sibilar das outras aves
ainda consigo entrever um céu distante
murmurando em cada vaga gigantesca:

no mar também nascem flores!


(eu)

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