domingo, 20 de maio de 2012

Renascer



E assim,
Num beijo atordoado
O mel penetrou nas comissuras
Dos meus lábios latejantes.

Pediste-me que te amasse.
Entreguei-te o corpo, a alma 
E toda a pele envolvente, 
Onde tenho tatuado o teu nome.

Restituíste-me o corpo
Ainda quente , pulsante, gemente,
Mas ficaste para sempre
Com o meu coração.
Então, senti-me morrer em mim.
Morri, mas morri por ti!

E no sufoco apaixonado da morte
Senti-me renascer...

Diz-me: 
Porque o poeta mata o homem

Se lhe restitui a alma?

(eu)

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